Trabalho sedentário: quais são os riscos para a saúde e como contorná-los?

O corpo humano foi feito para o movimento. Acontece que, como mostram os estudos, pessoas que trabalham em escritórios ou home office ficam entre 10 e 11 horas por dia sentadas. Ocupações em que há pouca ou nenhuma movimentação hoje são conhecidas como “trabalho sedentário†e se caracterizam pelo baixo gasto de energia.
Cada vez mais a automação das atividades e o desenvolvimento de novas tecnologias têm feito com que os cidadãos não precisem se mexer.
Apesar de parecer algo banal, o simples fato de passar quase todo o expediente sentado representa riscos à saúde em diferentes nÃveis e independentemente de se fazer ou não exercÃcios fora do horário de trabalho.
O sedentarismo no trabalho prejudica nosso equilÃbrio metabólico, gerando mais resistência à insulina (quando o organismo não consegue aproveitar a glicose em circulação), aumento do colesterol ruim (LDL) e redução do colesterol bom (HDL), elevação dos triglicérides e alterações na pressão arterial. É uma situação que promove, portanto, maior risco de obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares.
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Pesquisas evidenciam uma relação entre ocupações sedentárias e a maior ocorrência de infarto, AVC e morte prematura. Sim, é coisa séria! Outra associação já examinada se refere à depressão: trabalhadores que ficam sentados mais de nove horas e meia por dia tendem a vivenciar mais episódios depressivos.
Além dos transtornos metabólicos e mentais, o trabalho sedentário causa dores na coluna lombar e no pescoço. Por mais que a infraestrutura e aparelhos como computadores estejam adequados em termos de ergonomia, a falta de movimento ocasiona tensão, potencializa o estresse psicossocial e favorece ou intensifica as dores.
O primeiro passo para diminuir esses efeitos negativos é ter consciência do seu comportamento, ou seja, saber quanto tempo permanece sentado.