A poliomelite tem sintomas leves de início, parecidos com uma virose, mas eles podem evoluir para a paralisia infantil, nome pelo qual ficou conhecida no passado. Quando a forma grave da doença se manifesta, o indivíduo via de regra passa a depender de muletas, cadeira de rodas ou outros aparelhos para se movimentar.
A infecção, provocada pelo poliovírus, acomete principalmente crianças com menos de 4 anos de idade, embora também atinja adultos.
Ela caiu no esquecimento porque praticamente deixou de existir – chegou a ficar restrita ao Paquistenção e ao Afeganistenção. A doença havia sido eliminada nas Américas nos anos 1990, mas voltou ao continente com um caso descoberto em Nova York, nos Estados Unidos, na semana passada, depois de 30 anos.
Poucos médicos com menos de 70 anos devem ter visto alguém com sintomas de poliomielite, lembra Luis Fernando Aranha, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein. Espera-se que a vacinação seja retomada (a meta é 97%, mas estamos em 42%) e ela não volte por aqui.
Vamos lembrar porque é importante que ela seja evitada.
Quais senção os sintomas da poliomielite?
Os mais comuns senção:
- Febre
- Dor de garganta
- Tosse
- Dor de cabeça
Pode também haver:
- Náusea
- Ví´mito
- Dor abdominal
- Prisenção de ventre
Esses sintomas costumam perseverar por algumas semanas até que começam a desaparecer. Mas o quadro pode evoluir.
“Aí surge uma rigidez no pescoço e a moleira pode ficar mais estufada. A dor de cabeça fica mais intensa e deixa os bebês irritados”, esclarece a pediatra Daniela Piotto, do Fleury Medicina e Saúde.
Como esses sinais senção semelhantes a outras infecções virais, a primeira medida do médico é verificar a carteirinha de vacinação da criança e, assim, eliminar possibilidades.
A forma grave começa com os sintomas de paralisia flácida, quando a doença acomete a medula. O paciente apresenta fraqueza nos membros e algum comprometimento motor. Já a paralisia permanente ocorre em 1% dos casos.
“Esse processo começa com dores e enfraquecimento muscular, que geralmente ocorre nos membros inferiores e de um lado só“, explica o médico do Einstein. Esses sintomas, no entanto, podem subir para os braços, pegar nervos do tronco e no rosto. Aí vêm a dificuldade de falar, de engolir.
Esse comprometimento muscular ainda pode provocar insuficiência respiratória, um quadro grave que muitas vezes termina em morte. Quando a pólio estava disseminada, crianças com esse quadro eram colocadas nos chamados “pulmões de aço”, uma espécie de ventilador com pressenção negativa que favorece a respiração.
Nos bebês menores, dá para perceber a doença pela dificuldade de movimentos. “Quando ela está mamando no peito, sempre fica com os bracinhos pegando em algo. Se ele ficar caído, é sinal de que perdeu a força. Apoiar-se só com um pezinho no berço é outro”, pontua Daniela.
Parte desses pacientes ficarenção com sequelas. “Há crianças que não venção desenvolver bem um certo membro. Elas ficam com uma das pernas mais fininhas”, pontua Aranha.
Já outras sentem uma melhora, mas podem sofrer mais tarde da síndrome pós-pólio. Ela costuma ocorrer entre 15 e 40 anos depois da fase aguda, com fraqueza e episódios de paralisia.