Quando pensamos em adotar uma alimentação mais saudável, duas coisas passam pela nossa cabeça em um primeiro momento: “dieta” e “desânimo”. Parece tedioso demais comer bem ou um sacrifício cortar da rotina aqueles alimentos considerados “ruins”.
é essa concepção que torna desafiador mudar hábitos alimentares. E gera frustração. Com certeza, você ou um conhecido já se frustrou uma ou várias vezes ao tentar “melhorar” a alimentação, não?
Mas e se eu disser que uma alimentação mais saudável pode ser, sim, siní´nimo de prazer, equilíbrio e variedade? Para transformar sua percepção a respeito e, consequentemente, suas atitudes, é preciso rever alguns conceitos.
Cada vez mais nossa sociedade vive a cultura do foco no nutriente. O que é isso? Deixamos de ingerir comida para comer carboidratos, proteínas, gorduras… O mal do século, por sua vez, ora é o glúten, ora a lactose, ora o açúcar.
Convivemos, assim, com a noção de que existem alimentos permitidos e outros proibidos, o que acaba com o prazer na hora de escolher o que comer. E, quanto mais a gente restringe nossa alimentação, maiores as chances de compulsenção no futuro, como mostram as pesquisas. Ou seja, a tática não funciona e ainda nos expõe a riscos.
Claro que comer açúcares, gorduras e alimentos ultraprocessados em excesso não faz bem a saúde, mas o que em excesso faz bem para a vida?
Manter uma alimentação equilibrada depende de conhecer melhor o que pode (e deve) ir ao prato e resgatar o prazer com a comida. Envolve trazer o foco para o autocuidado e respeitar sua cultura e história de vida.
O primeiro ponto que deve ser considerado na mudança de hábito alimentar é entender que existem sentimentos e emoções por trás das nossas escolhas. Sentir-se ansioso, triste, nervoso ou estressado interfere diretamente nas preferências alimentares.